The Archers

Mostra The Archers: O Cinema de Michael Powell e Emeric Pressburger

Para baixar o catálogo: parte 1 / parte 2 – todos os direitos reservados

Centro Cultural Banco do Brasil apresenta

 

THE ARCHERS – OS FILMES DE MICHAEL POWELL E EMERIC PRESSBURGER

 Pela primeira vez no Brasil, o conjunto da obra dos autores de grandes clássicos do cinema britânico que influenciaram Coppola e Scorsese

 de 28/12 a 16/01 no CCBB – São Paulo

de 11 a 30/01 no CCBB – Rio de Janeiro

O Centro Cultural Banco do Brasil apresenta reunida pela primeira vez no Brasil a obra de uma dupla que marcou o cinema britânico entre os anos 40 e 60: The Archers – Os Filmes de Michael Powell e Emeric Pressburger, num total de 22 filmes.

O inglês Michael Powell e o húngaro Emeric Pressburger formaram uma das mais prolíficas duplas de cineastas da história do cinema. Juntos, codirigiram 14 longas-metragens num período de 15 anos, a maior parte deles pela produtora que fundaram juntos,The Archers. Entre essas obras estão verdadeiras preciosidades, como Os sapatinhos vermelhos (1948), considerado um dos maiores musicais de todos os tempos, e Narciso Negro (1947), um dos melhores papéis de Deborah Kerr.

Trabalhando em perfeita sincronia, com Pressburger mais debruçado sobre o roteiro e Powell sobre a edição e finalização dos filmes, eles pensavam suas obras para atingir o grande público. Seus filmes foram grandes sucessos de bilheteria não só na Inglaterra, mas na América e em outros países da Europa.

O cinema de Powell e Pressburger influenciou dezenas de diretores ilustres, como Brian de Palma, George Romero e Francis Ford Coppola, que usou uma cena de Os Contos de Hoffman em seu mais recente filme, Tetro. Entre eles, o mais devoto é Martin Scorsese, que em 2009 comandou a restauração de Os Sapatinhos Vermelhos.

Infelizmente, a obra desses dois cineastas ficou durante muito tempo esquecida para o público brasileiro. Além dos 14 longas que eles codirigiram, outros filmes que Powell dirigiu e Pressburger roteirizou, a mostra terá Onde o Rio Acaba (1947), um filme produzido pelos arqueiros no Brasil com Bibi Ferreira no elenco, e a obra-prima controversa que marcaria para sempre a carreira de Powell, A Tortura do Medo (Peeping Tom, 1960).

The Archers – Os Filmes de Michael Powell e Emeric Pressburger tem produção da Vai & Vem Produções Culturais e Cinematográficas e curadoria de Liciane Mamede.

Sobre Powell e Pressburger

Michael Powell é, ainda hoje, envolto numa redoma mítica e nebulosa por conta de suas obras. O diretor é considerado pelos críticos mais renomados como sendo um dos grandes autores do cinema mundial. Muitos o colocam no mesmo patamar de Hitchcock (também inglês e com quem Powell trabalhou em início de carreira). Seus filmes não deixam nunca de flertar com o cinema de gênero, de trazer na composição dos planos e da mise-en-scène um humor sarcástico, que é escancarado e sóbrio ao mesmo tempo.

Seus filmes têm carisma para ser apreciados não apenas por um público apreciador de cinema de arte – não à toa, Os Sapatinhos Vermelhos, um dos musicais mais belos de todos os tempos, na época de seu lançamento, bateu recorde de bilheteria no mercado mais concorrido do mundo, os Estados Unidos.

Powell e Pressburger não se consideravam autores. E, de fato, sua forma de produzir estava mais próxima do que se pode chamar de um cinema de produtor. Através de sua companhia produtora, a famosa The Archers, eles se preocupavam em realizar obras dentro de uma certa concepção de cinema gênero, preocupando-se em atingir o grande público.

Em 1939, contratado como diretor por Alexander Korda, dono da London Films, e com o  projeto do filme O Espião de Preto (The Spy in Black) nas mãos, Powell encontrou pela primeira vez o roteirista húngaro Emeric Pressburger. Esta seria a primeira colaboração de muitas que ainda aconteceria entre ambos. Em sua autobiografia, Powell refere-se ao seu primeiro encontro com Pressburger da seguinte maneira: “Desde que a fala chegou aos filmes, eu trabalhei com alguns bons escritores, mas nunca tive um encontro como este. Na época do cinema mudo, os roteiristas mais renomados eram técnicos mais do que dramaturgos. Logo que o conheci, ouvi atentamente às palavras desse pequeno mágico húngaro”.

A partir de 1942, um novo momento se iniciaria para os dois cineastas. Com a fundação da produtora de The Archers, todos os filmes realizados pela dupla passam a ter roteiro, produção e direção assinados por ambos. Graças a essa dupla, o momento que vai de 1942 a 1957 produziu alguns dos grandes clássicos do cinema inglês de todos os tempos.

Os filmes da mostra

DESTAQUES

Os sapatinhos vermelhos (The Red Shoes)

De Michael Powell e Emeric Pressburger (Reino Unido, 1948)

Vencedor dos Oscars de melhor direção de arte e trilha sonora

Indicado aos Oscars de melhor filme, roteiro e montagem

Com Moira Shearer, Anton Walbrook, Marius Goring

Colorido/35mm/133 min/livre

Uma famosa companhia de dança irá encenar a peça Os Sapatinhos Vermelhos. A protagonista, Victoria Page (Moira Shearer), se apaixona pelo compositor da peça (Marius Goring). Porém esse percalço poderá colocar o espetáculo em risco. Os sapatinhos vermelhos foi indicado a cinco Oscars, tendo ganhado dois: direção de arte e trilha sonora. A cena do espetáculo, com duração de 17 minutos, é uma preciosidade. Filme fotografado por Jack Cardiff.

Narciso negro (Black Narcissus)

De Michael Powell e Emeric Pressburger (Reino Unido, 1947)

Vencedor dos Oscars de fotografia e direção de arte

Círculo dos Críticos de Nova York – Melhor Atriz – Deborah Kerr

Com Deborah Kerr, Jean Simmons, David Farrar

Colorido/35 mm/100 min./livre

Um grupo de freiras é enviado ao Himalaia para tomar conta de um convento e prestar serviços à comunidade local. As freiras têm certa dificuldade para se adaptar à região, mas as coisas começam a se tornar realmente difíceis quando o másculo senhor Dean aparece para prestar seus serviços. Filme fotografado por Jack Cardiff.

A tortura do medo (Peeping Tom)

De Michael Powell (Reino Unido, 1960)

Com Karlheinz Bohm, Moira Shearer, Anna MasseyColorido/35mm/101 min./livre

Um dos filmes mais famosos de Powell e grande clássico do cinema inglês. Traumatizado pelos experimentos bizarros de seu pai psiquiatra durante sua infância, o fotógrafo Mark torna-se obcecado em capturar o medo na expressão das pessoas. Para isso, comete assassinatos e filma suas vítimas. Clássico do suspense que provocou grande estrondo em seu lançamento.

Contos de Hoffman (The Tales of Hoffman)

De Michael Powell e Emeric Pressburger (Reino Unido, 1951)

Urso de Prata no Festival de Berlim

Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes

Com Moira Shearer, Léonide Masside, Robert Helpmann

Colorido/35mm/124 min/livre

Contos de Hoffman é a última ópera de Offenbach, baseada numa série de histórias do mestre dos contos sobrenaturais, E.T.A. Hoffman, que é caracterizado no filme como um poeta infeliz, eternamente enganado no amor. Primeiro, por um artesão que inventa uma boneca mecânica por quem Hoffman se apaixona. Depois por uma cortesã veneziana e por seu protetor e, finalmente, por uma cantora moribunda que está sob a influência do sinistro doutor Miracle. A ópera foi conduzida por Beecham e então filmada usando uma variedade deslumbrante de efeitos cênicos e de câmera. Trechos do filme são mostrados em “Tetro”, o filme mais recente de Francis Ford Coppola.

Coronel Blimp (Life and death of Colonel Blimp)

De Michael Powell e Emeric Pressburger (Reino Unido, 1943)

Com Roger Livesey, Deborah Kerr, Anton Walbrook

Colorido/35mm/163 min./livre

Primeiro filme dirigido por Powell e Pressburger. A história Clive Candy, um sisudo coronel que já enfrentou três guerras. Retornando 40 anos em sua vida, descobrimos nele um jovem oficial cuja moral e gentileza estão acima dos valores da guerra. O jovem Candy torna-se amigo de um alemão em plena Primeira Guerra Mundial e o ajuda a ser repatriado. Durante sua vida, encontrará o amigo mais algumas vezes, mas suas vidas seguirão rumos diferentes. O filme traz Deborah Kerr como protagonista – mais tarde, ela também estrelaria Narciso Negro.

Neste mundo e no outro (A matter of life and death)

De Michael Powell e Emeric Pressburger (Reino Unido, 1946)

Com David Niven, Kim Hunter, Richard Attenborough

Colorido/35mm/104 min/ livre

Um aviador inglês (David Niven) tem seu avião atingido. Seu paraquedas também está danificado, e parece o fim para ele. Pelo rádio, ele consegue falar com June (Kim Hunter), uma jovem que trabalha para a Força Aérea americana. Comovido por sua voz, ele decide saltar. Esta devia ser sua hora de morrer, mas ele acaba ganhando uma segunda chance e, para defendê-la, terá que argumentar no tribunal do céu. Em sua autobiografia, A Life in Movies, Powell diz ser este seu filme preferido da era Archers. Filme fotografado por Jack Cardiff.

Onde o rio acaba (The End of the River)

De Derek Twist (Reino Unido, 1947)

Com Sabu, Bibi Ferreira, Robert Douglas

P&B/35mm/83 min/livre

Produzido pelo The Archers, de Powell e Pressburger, o filme foi filmado e ambientado no Brasil. Um índio deixa a floresta e vai para a cidade, onde é acusado de assassinato. Participação de Bibi Ferreira.

O homem-câmera: A vida e a obra de Jack Cardiff (Cameraman: The life and work of Jack Cardiff)

De Craig McCall (Reino Unido, 2010)

Depoimentos de Martin Scorsese, Kirk Douglas, Lauren Bacall, Charlton Heston, Alan Parker

Colorido/digital/86 min/livreDocumentário a respeito de Jack Cardiff, primeiro diretor de fotografia a receber o Oscar honorário da Academia. Fotógrafo de Narciso Negro, filme de Powell e Pressburger pelo qual ganhou seu primeiro Oscar de melhor fotografia, Cardiff é um dos mais notáveis fotógrafos do cinema, com mais de 70 filmes no currículo. Com depoimentos de Kirk Douglas e Martin Scorsese.

OUTROS FILMES DA PROGRAMAÇÃO

O espião de preto (Spy in Black)

De Michael Powell (Reino Unido, 1939)

P&B/35mm/82 min/livre

Um submarino alemão é enviado ao norte da Escócia tendo como missão afundar navios da frota britânica durante a Primeira Guerra Mundial. Porém, o contato do capitão alemão com a professora local acaba atravancando os planos. Este filme foi o primeiro roteirizado pelo húngaro Emeric Pressburger e dirigido por Michael Powell.

Nas sombras da noite (Contraband)

De Michael Powell (Reino Unido, 1940)

P&B/35mm/92 min/livre

No início da Segunda Guerra Mundial, Londres enfrenta constantes ‘blackouts’ devido à guerra. O capitão de um cargueiro dinamarquês se envolve em uma história de suspense e romance ao enfrentar problemas com o Controle de Contrabando britânico, ao mesmo tempo em que escolta uma bela jovem pelos bistrôs e boates da cidade.

 

Paralelo 49 (49th Parallel)

De Michael Powell (Reino Unido, 1941)

P&B/35mm/123 min/livre

No início da Segunda Guerra Mundial, um navio alemão encalha no norte do Canadá. Para evitarem ser capturados, os tripulantes tentam chegar aos Estados Unidos, país ainda neutro no conflito. Filme roteirizado por Emeric Pressburger. No elenco estão Laurence Olivier, Leslie Howard e Eric Portman, que trabalharia em outros dois filmes com Powell e Pressburger, Um de nossos aviões não regressou e Um conto de Canterbury.

E um dos nossos aviões não regressou (One of Our Aircraft is Missing)

De Michael Powell e Emeric Pressburger (Reino Unido, 1942)

Indicado ao Oscar de roteiro original – Powell e Pressburger

Colorido/35mm/102 min/livre

Quando os nazistas atingem um avião inglês durante a II Guerra Mundial, sua tripulação consegue se salvar e se refugia junto aos holandeses. Alguns aspectos da narrativa deste filme iriam mais tarde inspirar filmes como Coronel Blimp e Neste Mundo e no Outro.

O voluntário (The volunteer)

De Michael Powell e Emeric Pressburger (Reino Unido, 1943)

P&B/35mm/45 min./ livre

Filme de propaganda da aeronáutica britânica para promover o recrutamento de jovens. A produção tenta capitalizar em cima da amizade dos Archers, com Ralph Richardson, que estava na época servindo como piloto. O filme contrasta de forma cômica, quase surreal, sua vida pré-guerra, quando ele era ator, com sua vida posterior, enquanto militar de carreira.

Um Conto de Canterbury (A Canterbury tale)

De Michael Powell e Emeric Pressburger (Reino Unido, 1944)

Colorido/35mm/124 min/livre

Em plena Segunda Guerra Mundial, num vilarejo inglês, um misterioso homem ataca moças que namoram soldados na calada da noite, jogando cola em seus cabelos. Depois que uma garota é atacada, ela e seus dois amigos soldados, um inglês e um americano, não vão descansar enquanto não descobrirem quem é o criminoso. O vilarejo onde a história se passa fica próximo à cidade de Canterbury, onde Powell nasceu. A cidade é famosa por sua imensa catedral, uma das mais antigas da Europa, mostrada no filme logo após ter sido atingida durante a guerra.

Sei onde fica o paraíso (‘I know where I’m going!’)

De Michael Powell e Emeric Pressburger (Reino Unido, 1947)

P&B/35mm/91 min/livre

Nesta comédia romântica, a geniosa Joan Webster (Wendy Hiller), segue para a ilha escocesa de Kiloran, onde se encontrará com seu futuro marido, um rico industrial. Apesar de tudo em sua vida ser extremamente planejado, as coisas acabam saindo de seu controle. Ela não consegue embarcar por causa do péssimo tempo e se vê presa num vilarejo com um jovem marinheiro que fará de tudo para ajudá-la.

 

De volta ao pequeno apartamento (The small back room)

De Michael Powell e Emeric Pressburger (Reino Unido, 1949)

P&B/35mm/106 min/livre

Baseado em romance de Nigel Balchin, este suspense conta a história de um especialista em desativar explosivos durante a II Guerra Mundial. Em sua vida pessoal, ele enfrenta uma batalha contra o alcoolismo e vive a tortura do amor por Susan (Kathleen Byron). Para o estudioso Ian Christie, De volta ao pequeno apartamento é um autêntico filme noir inglês.

Coração Indômito (Gone to Earth)

De Michael Powell e Emeric Pressburger (Reino Unido, 1950)

Colorido/35mm/110 min./livre

Hazel é uma jovem de natureza livre, assombrada pelas superstições de sua mãe, uma harpista cega de uma pequena cidade da Inglaterra. A história se passa na virada do século 19 para o século 20. Embora Hazel se sinta atraída pelo sádico fazendeiro Jack Redding, ela acaba aceitando se casar o pacífico reverendo Marston. Porém, quando constata que o abismo entre eles é muito grande, Hazel se sente impelida a fazer uma escolha.

 

Oh… Rosalinda!

De Michael Powell e Emeric Pressburger (Reino Unido, 1955)

Colorido/35mm/101 min./livre

Popular ópera de Strauss ambientada na Viena do pós-guerra, desgovernada pela presença de quatro forças ocupantes: Estados Unidos, União Soviética, França e Inglaterra. A busca por partidários no local faz com que essas forças sejam presa fácil para Dr. Falke, conhecido como “o morcego”. A maioria do elenco foi dublada por cantores profissionais em cenas musicais, mas Michael Redgrave (Coronel Eisenstein) bravamente cantou e dançou.

 

A batalha do Rio da Prata (Battle River Plate)

De Michael Powell e Emeric Pressburger (Reino Unido, 1956)

Colorido/35mm/119 min/livre

Durante a II Guerra Mundial, três cruzeiros da marinha britânica precisam destruir uma poderosa frota de navios alemães. A batalha parece desigual, mas não está definida. Baseado numa história real, o filme teve cenas gravadas no Uruguai.

 

Perigo nas sombras (Ill met by moonlight)

De Michael Powell e Emeric Pressburger (Reino Unido, 1957)

P&B/35mm/104 min./livre

Durante a II Guerra Mundial, oficiais britânicos e partidários locais planejam sequestrar o comandante alemão que está com o domínio da ilha de Creta. A parte difícil da empreitada será tirá-lo da ilha e levá-lo para o Cairo.  Baseado em uma história real, com Dirk Bogarde em papel principal.

 

They’re a weird mob

De Michael Powell (Austrália e Reino Unido, 1966)

Colorido/35mm/112 min/livre

Um jovem jornalista italiano vai para Sidney para trabalhar no jornal italiano de seu primo. Porém, ao chegar lá, descobre que ele imigrou para o Canadá deixando apenas dívidas. Sem muitas opções, o jornalista começa a aprender inglês e a pagar as dívidas. Aos poucos, ele vai descobrindo os costumes de um novo país. Filme roteirizado por Pressburger.

 

O garoto que amarelou (The boy who turned yellow)

De Michael Powell (Reino Unido, 1972)

Colorido/35mm/55 min/livre

Um garoto se torna amarelo durante uma viagem de metrô e é, logo após o fato, visitado por um extraterrestre, que o leva para um tour na Torre de Londres. Capturado e acusado de traição, ele está prestes a ser decapitado, quando, graças à ajuda de Nick, consegue voltar para casa e à sua cor original. Este filme foi roteirizado por Pressburger e marcou a última colaboração entre os dois cineastas.

 

SERVIÇO

THE ARCHERS – O CINEMA DE MICHAEL POWELL E EMERIC PRESSBURGER

Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

22 de dezembro a 16 de janeiro – quarta a domingo

Cinema: 70 lugares

Ingressos: R$ 4,00 e R$ 2,00 (meia-entrada)

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